O rasteio do câncer de mama se baseia em duas principais referências: o INCA e a Sociedade Brasileira de Mastologia. Ambas as instituições consideram a MAMOGRAFIA como exame padrão ouro para esse rastreamento.
A mamografia é o exame da mama feito em um aparelho chamado mamógrafo que tem por objetivo identificar alterações no tecido mamário. A identificação de lesões mamárias é melhor identificada em mulheres que já iniciaram a menopausa, já que as mamas nessa fase possuem uma maior porcentagem de gordura em lugar das glândulas, o que aumenta a sensibilidade da mamografia. Em contrapartida, mulheres jovens, em idade fértil, possuem mamas com maior teor glandular, o que gera maior possibilidade de resultados falso-negativos ou falso-positivos devido a menor acurácia do exame nesse tecido. Portanto, a mamografia não é indicada em mulheres jovens em idade fértil, pois seria uma exposição, custo e desgaste desnecessários.
Segundo o INCA, o programa de rastreio realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) deve contemplar mulheres com idade entre 50 e 69 anos, realizando a mamografia a cada 2 anos. Mas a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) traz outra perspectiva acerca desse rastreio e recomenda que as mulheres de 40 a 74 anos realizem a mamografia 1 vez ao ano. Embora a SBM recomende esse programa de rastreio mais amplo, ele é mais utilizado pelo sistema privado de atendimento.
Apesar da discordância quanto à faixa etária recomendada para realização do rastreamento, ambos os programas são considerados seguros e eficazes.
Recomenda-se também a associação da ultrassonografia para auxiliar na detecção e no diagnóstico de mulheres jovens com mamas ainda densas e ricas em tecido glandular. Entretanto, não há dados que justifiquem seu uso isolado como rastreamento.
Atualmente, não é recomendada a utilização do autoexame das mamas como técnica de rastreamento devido à baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática. Mas é de suma importância estimular essa prática para que as mulheres conheçam seu próprio corpo e estejam atentas e conscientes a toda e qualquer mudança no mesmo, principalmente porque a procura por um serviço de saúde em estágio inicial permanece sendo determinante no diagnóstico precoce do câncer de mama.
Referências:
SBM. Rastreio do Câncer de Mama,2020. Disponível em: http://www.spmastologia.com.br/diagnostico-por-imagem/rastreamento
BRASIL/INCA. Ministério da Saúde: Rastreio de Câncer de Mama, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/noticias/confira-recomendacoes-do-ministerio-da-saude-para-o-rastreamento-do-cancer-de mama#:~:text=A%20mamografia%20de%20rastreamento%20%E2%80%93%20exame,existe%20maior%20incerteza%20sobre%20benef%C3%ADcios.
Autoria: Natasha Gabriela de Oliveira Maia, Rafaella Carmo Oliveira
Revisores: Amanda Santos Almeida, Carolyne S. Santiago. G. Galvão de Moura
Muito interessante!
ResponderExcluir